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Volume 37, N° 2 - jul-dez 2017

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Ceres Grehs Beck e Luis Henrique Hermínio Cunha

Resumo

Frente ao atual contexto de crise socioambiental global, a natureza ‘rara’ desponta como elemento determinador
de preços e escolhas. Este artigo traz reflexões sobre a iconização da natureza e sua transformação
em mercadoria simbólica, vendida na retórica ecológica adotada pelo mercado imobiliário. O
corpus de análise se apoiou nas narrativas de 375 anúncios de imóveis veiculados em João Pessoa, Paraíba
entre 1960 e 2017. Enquanto nos anos 1960-80, havia uma ênfase sutil para a paisagem, a ventilação,
a praia e as árvores, a partir dos anos 2000, a comodificação simbólica da natureza passa a atuar
também como um marcador social hierárquico, por meio da elitização do acesso à natureza. Assim, os
‘luxos verdes’ erguem muros invisíveis que excluem simbolicamente. Estes artifícios mercadológicos
usados na publicidade imobiliária – negam o ‘direito à cidade’ e ‘à natureza’ – e somam-se ao amplo espectro
da urbanização segregadora que se consolidou no Brasil.


Palavras-chave: Mercado Imobiliário, Iconização da Natureza, Retórica Ecológica, João Pessoa/PB, Segregação Urbana.

 
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